Escolher o local e o momento
Quando falamos da escolha de estabelecimentos para fazer piercings e tatuagens, a higiene é o factor primordial. os centros devem incluir zonas de recepção, de esterilização dos materiais e de trabalho. Os materiais devem ser esterilizados e descartáveis. O profissional deve usar bata branca, máscara, luvas e calçado específico.
Quanto ao momento ideal, a época mais perigosa para realizar piercings e tatuagens é, sem dúvida, o verão, devido ao facto da pele mais exposta à humidade e portanto, às infecções.
Um corpo, muitas possibilidades
Nas zonas compostas por cartilagem, a cicatrização é lenta, o que pode dar origem a lesões e infecções. No pavilhão auricular, por exemplo, a proximidade do cabelo e a pressão ao dormir dificultam a cura. Por seu turno, as perfurações na cartilagem divisória do nariz produzem uma elevada taxa de hemorragias, que pode dar oriegem a necrose da cartilagem edeformação nasal.
O umbigo é a zona mais propensa às infecções e exige cuidados higiénicos muito rigorosos. A roupa apertada dificulta a cicatrização e facilita os processos bacterianos.
A boca é o orifício mais contaminante para o corpo e um piercing aí localizado pode ser extremamente nocivo: de acordo com as associações odontológicas, ocasionam muitos problemas dentários. Portanto, não são recomendáveis em pessoas com esmalte fraco ou implantes. Além disso, precisam de cuidados posteriores rigorosos.
Quanto à zona lombar, numerosos anestesistas colocam reticências quando se torna necessário administrar a epidural sobre uma tatuagem, pois existem indícios de que a mistura da tinta com a medula pode originar tumores.
Cuidados rigorosos
Tanto quanto recomendam os dermatologistas, deve efectuar-se um tratamento cicatrizante até que o processo inflamatório da pele termine. Há que lavar a zona com água, sabão neutro e um anti-séptico, bem como aplicar um creme gordo, pelo menos, durante as primeiras 48 horas.
Risco de alergias
É preciso saber que algumas tintas podem ser tóxicas. A maior parte das substâncias químicas utilizadas nas tatuagens são pigmentos industriais que não foram criados para tais fins: apenas um número limitado de pigmentos e corantes foram aprovados para uso cosmético. Existe, por isso, um elevado risco de dermatite sistémica em pessoas com tatuagens vermelhas, pois os pigmentos vermelhos costumam conter mercúrio.
Temidas infecções
Através das tatuagens e dos piercings, existe a possibilidade de contrair SIDA ou hepatite. Durante um recente congresso mundial sobre hepatite vírica, afirmou-se que a realização deste tipo de arte corporal, sem condições de máxima assepsia, constitui um dos principais riscos para contrair essa terrível doença.
Casos pouco recomendáveis
Não é aconselhavel efectuar tatuagens e/ou piercings quando se tomam medicamentos que modifiquem a imunidade ou se sofre de diabetes ou cardiopatias congénitas. As pessoas propensas a desenvolver queloides- cicatrizes proeminentes- devem ter em conta que o resultado, após a cicatrização, pode não ser o desejado.
Hemorragias e traumatismos
Quando a perfuração é feita em orgãos com grande irrigação sanguínea, como a língua ou o pénis, as complicaçoes são frequentes e graves.