quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Perguntas que já te passaram pela cabeça, mas ninguem te respondeu....


P: Quando saio com amigos de vez em quando fumo haxixe – irei ser um toxicodependente?
R: Pode-se dizer que há quatro tipos de utilizadores de drogas: o que experimenta, o que ocasionalmente consome uma droga, o que consome habitualmente e o toxicodependente. Felizmente que nem todos os que experimentam ou consomem uma droga com alguma frequência se tornam toxicodependentes, mas a verdade é que todos os que são toxicodependentes começaram por experimentar uma droga. O maior problema é que nunca temos maneira de saber se vamos ficar dependentes ou não antes de isso acontecer e quando sabemos já é tarde demais.
P: O que posso fazer por um amigo que se drogue?
R: Continuar a tratá-lo como um amigo, o que não implica fazer o mesmo que ele. Se te parecer que é uma situação perigosa para ele, podes aconselhá-lo a procurar ajuda nos Centros de Atendimento de Toxicodependentes (CAT) e tentar informar-te sobre a melhor forma de intervir nesse caso concreto ou ligando para a Linha Vida SOS Droga (1414).É importante que continues a cuidar de ti e da tua vida o melhor que puderes, porque quanto melhor estiveres contigo próprio mais possibilidades terás de o ajudar.

P: Os meus amigos fumam droga. Se eu não fumo dizem que sou um careta. Como posso evitar que me digam isso?
R: Talvez não o possas evitar, pelo menos ao princípio. Com o tempo aprenderão a aceitar-te como és e valorizarão a tua atitude de seres tu próprio. E um dia talvez possas ser uma referência que lhes possa ser útil e agradável.

P: É possível acabar com a droga?
R: Talvez não. No entanto, é importante que a sociedade faça tudo o que pode para reduzir ao máximo a venda e o consumo, já que os seus efeitos individuais, familiares e sociais são tanto mais preocupantes quanto mais a droga estiver presente no quotidiano.

P: O que são drogas leves? E duras?
R: Costuma dizer-se que as drogas leves (haxixe e marijuana, por exemplo) não são tão perigosas, tendo efeitos menos potentes, mais controláveis e sendo menos susceptíveis de causar dependência do que as duras (heroína, cocaína, LSD, etc.). De qualquer modo, mais importante do que o efeito imediato das drogas, temos de ter em conta o seu modo de utilização, podendo existir utilizações "duras" de drogas leves.

P: Afinal quem é que se droga?
R: Dizem-se muitas coisas sobre isso: as pessoas que têm problemas, as que querem curtir ou divertir-se, as que têm fácil acesso a drogas. O certo é que a maior parte das pessoas não se droga – mesmo quando tem problemas, quando se quer divertir ou quando é fácil experimentar ou adquirir drogas.Pode-se dizer que há pessoas mais susceptíveis do que outras e que em certos momentos da vida essa vulnerabilidade é maior, pode dizer-se que há condições de vida e familiares que são difíceis – mas há sempre formas de ultrapassar ou lidar com os obstáculos ou as dificuldades.A decisão de usar ou não drogas é sempre uma questão individual, mesmo com influências ou pressões de outros.

Posso ajudar o meu amigo a deixar de consumir haxixe?
Claro que sim. No entanto, só o poderás fazer se ele assumir a que tem um problema e estiver disponível para receber ajuda. Assim, podes sempre procurar acompanhá-lo e aconselhá-lo e estar atento, sabendo que o único responsável pelo sucesso ou fracasso desse processo será sempre o próprio.Deixar de consumir uma substância, neste caso cannabinóides, depende da força de vontade e do investimento do próprio. Cada pessoa terá o seu ritmo e poderá sozinho, ou em conjunto com técnicos (psicólogos, médicos ou outros) encontrar o seu plano de tratamento. É fundamental ajudar o outro a reflectir sobre o que significam os consumos e que peso têm na sua vida, assim como o que o próprio está disposto a fazer para se tratar. Ajudar um amigo não significa que tenhamos de concordar e aceder em tudo. Ser amigo pode por vezes significar saber dizer não, conversar, partilhar, criticar. Só assim poderá haver crescimento e mudança de comportamentos.

O haxixe vicia? Que tratamentos existem?
O consumo de cannabis pode provocar dependência psicológica e em certos casos dependência física. A cannabis é na realidade uma substância com efeitos mais frequentes ao nível psicológico (lentificação do pensamento e das reacções, ansiedade, desmotivação, pouco interesse pelas coisas, etc.). Uma situação de dependência elevada em termos psicológicos pode justificar um acompanhamento especializado. Neste caso será aconselhável o acompanhamento por um terapeuta, que pode ser o médico de família ou um técnico do Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) da sua área de residência.

O que é um CAT?
Os Centros de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) são instituições estatais que dispõem de médicos, psicólogos, assistentes sociais, entre outros, e permitem uma intervenção multidisciplinar na área da toxicodependência. Nos CAT existem consultas específicas para consumidores, para as suas famílias, para jovens, grávidas etc. Disponibilizam vários tipos de tratamentos (ambulatório, desintoxicação, tratamentos de substituição opiácea, etc.) sempre com a garantia de anonimato. Em todo o país há 47 Centros de Atendimento a Toxicodependentes aptos a dar respostas adequadas na área da Toxicodependência e dos consumos de substâncias psicoactivas.

O que leva um jovem a consumir drogas?
São variados os factores que levam ao consumo e geralmente estão combinados. Por exemplo:
- curiosidade
- desejo de viver outras experiências
- procura do prazer/diversão
- desejo de testar limites e transgredir regras
- pressão dos pares
- desafio à autoridade
- desejo de afirmação
- informação incorrecta ou ausência de informação.

As drogas podem ser consumidas de diferentes formas, que vão do consumo experimental, ao frequente, do consumo recreativo ao abuso ou à dependência. Um consumo experimental não conduz necessariamente a uma dependência. É importante saber a diferença entre o uso de substâncias e o seu abuso. Do mesmo modo é fundamental responsabilizar o jovem pela consequência das suas decisões. Não são só os adolescentes que consomem drogas. Os consumos podem existir em qualquer idade e as razões para tal variam consoante as pessoas.

fonte: site do IDT

Se tiveres outras dúvidas, ou se precisares de uma opinião mais especializada, podes sempre consultar o site do IDT. Lá encontras uma série de opções que podem ajudar-te a responder às tuas perguntas, e minimizar as tuas dúvidas!!! e até podes faze-lo de uma forma divertida se fores ao site juvenil do IDT, o "Tu Alinhas"- http://www.tu-alinhas.pt/


DIVERTE-TE, APRENDENDO!!!!!!!!!!


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Número de consumidores de droga subiu de 7,8% para 12%

A percentagem da população portuguesa que consumiu drogas alguma vez na vida aumentou de 7,8 para 12 por centro entre 2001 e o ano passado, referem dados hoje apresentados pelo presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).
No universo considerado (entre os 15 e os 64 anos), destaca-se ainda que a droga que prevalece, com grande destaque das seguintes, é a cannabis, que fora consumida por 7,6 por cento da população em 2001 e aumentou para 11,7 por cento em 2007, de acordo com a apresentação feita hoje no Parlamento, em Lisboa, pelo responsável do IDT, João Goulão, do relatório anual daquele organismo, compilado com dados do ano passado.
Há sete anos, as restantes drogas tinham sido usadas por menos de um por cento da população, mas em 2007 o ecstasy e a heroína ultrapassaram ligeiramente aquele valor e a cocaína subiu mesmo para 1,9 por cento.
Quando o universo se restringe à população jovem adulta (15 aos 34 anos), os índices de consumo de estupefacientes pelo menos uma vez na vida sobem na generalidade, passando de 12,6 por cento em 2001 para 17,4 por cento no ano passado, ainda de acordo com os números apresentados por João Goulão aos deputados da Comissão Parlamentar da Saúde e Assuntos Sociais.
A predominância continua a pertencer à cannabis – que subiu de 12,4 para 17 por cento -, mas regista-se neste caso um aumento considerável da cocaína, que aumentou de 1,3 por cento para 2,8 por cento nos seis anos analisados.
A heroína manteve-se em 1,1 por cento, mas o ecstasy subiu de 1,4 para 2,6 por cento, revelam os dados do IDT.
Já no que toca à continuidade nos consumos registou-se uma queda considerável, pois há sete anos 44 por cento das pessoas que disseram ter consumido uma droga pelo menos uma vez afirmaram ter voltado a fazê-lo no último ano, valor que desceu para 31 por cento em 2007.
A cannabis continua a ser a droga mais consumida também neste grupo, mas igualmente com uma redução de 43 para 31 por cento entre 2001 e o ano passado, ainda segundo os dados apresentados pelo presidente do IDT, organismo estatal responsável pelo combate à toxicodependência.
Neste caso, as drogas em que houve mais reincidência no consumo foram a cocaína (embora com uma descida de 34 para 32 por cento) e a heroína (26 para 24 por cento), enquanto ecstasy obteve a maior descida - de 54 para 33 por cento.
Se o universo analisado, em vez da população entre os 15 e os 64 anos passar a ser entre os 15 e os 34, há um aumento considerável no caso da heroína: em 2001 os consumidores que disseram ter voltado a usá-la no último ano eram 28 por cento, mas no ano passado esse valor subiu para 35, a única subida registada nas drogas mais usadas.
Neste grupo, a cannabis baixou de 50 para 40 por cento, a cocaína de 46 para 41 por cento e o ecstasy de de 60 para 35 por cento.
Ao nível da União Europeia, Portugal aparece em oitavo lugar numa lista de 11 países quando é analisada a percentagem de pessoas que consmiu droga pelo menos uma vez na vida (11,7), com a Alemanha a liderar (42,4 por cento) e Chipre na cauda, com apenas 6,6 por cento, embora neste caso os valores se refiram a anos que variam entre 2003 e 2007.
Quando o período de reincidência ocorreu no último mês, Portugal sobe um lugar (para sétimo) com 2,4 por cento a dizer que voltaram a consumir nos últimos 30 dias, num quadro liderado pela Espanha (7,6 por cento) , seguida da Alemanha (6,5 por cento) e Inglaterra/País de Gales (5,2).
No fim da lista surgem a Lituânia (0,7) e Chipre e Hungria (1,4).


Fonte: LUSA/Sol

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

sexo, álcool e drogas




Os jovens europeus estão deliberadamente a ingerir álcool e a tomar drogas para potenciarem o seu prazer sexual, colocando-se em risco de praticarem sexo desprotegido, sugere um estudo realizado por uma equipa de Centro de Saúde Publica da Universidade de Liverpool, no Reino Unido.
O estudo abrangeu 1341 jovens de nove cidades da Europa: Atenas, Berlim, Brno, Lisboa, Liverpool, Ljubljana, Palma de Maiorca, Veneza e Viena.
Os especialistas alertam que se trata de uma "epidemia" de abuso de substâncias potencialmente desinibidoras, que estão a colocar milhões de jovens em risco.
Segundo o estudo divulgado pela BBC, um terço dos rapazes e 23% das raparigas, entre os 16 e os 35 anos, afirmam consumir álcool para aumentarem as hipóteses de terem uma relação sexual.
O inquérito permitiu também concluir que o recurso ao álcool e drogas estava ligado à iniciação sexual, antes dos 16 anos, em todos os paises, especialmente junto das raparigas.
Cerca de metade dos jovens de Viena afirmam já ter tido relações sexuais, consumindo álcool e drogas, aos 16 anos de idade. Neste caso, as percentagens foram de 36% para Veneza, 37% para Palma e 30% para Liverpool.
Mais de um quarto dos jovens que consomem cocaína dizem faze-lo para prolongar o sexo. e a utilização de drogas no geral está ligada a ter múltiplos parceiros, garante o estudo. A análise apurou que se embebedaram nas últimas 4 semanas precedentes ao inquérito demonstravam, na generalidade, ter tido cinco ou mais parceiros sexuais e relações sem preservativo.
Mark Bellis, director do Centro e líder do estudo, afirmou a prepósito que «milhões de jovens europeus tomam agora drogas e álcool de uma forma que lhes altera as decisões a nível sexual, aumentando as hipóteses de terem sexo desprotegido, do qual mais tarde se arrependem. Mas, apesar das consequências negativas, descobrimos que muitos estão deliberadamente a tomar estas substâncias para atingirem efeitos sexuais específicos».
Não obstante, as diversas campanhas de sensibilização contra o abuso de substâncias nocivas, como o álcool e as drogas, parece que uma boa percentagem de jovens europeus não aprende...