quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nem tudo são más notícias..............A LUTA CONTINUA!!



Oito mil crianças moçambicanas cujas mães são portadoras de HIV nasceram sem o vírus que causa SIDA graças ao programa Dream, da Comunidade de Santo Egídio, de prevenção da infecção da mãe para o bebé durante a gravidez.
Dados hoje divulgados por aquela instituição italiana de cariz religioso indicam que 1.200 mulheres grávidas estão a ser seguidas e que oito mil crianças “nasceram sãs” em resultado dos programas de prevenção vertical.



Em Moçambique, 3.800 crianças moçambicanas beneficiam de tratamento anti-retroviral, de um total de 42 mil pessoas, no âmbito do programa Dream, que assiste 75 mil pessoas, incluindo 15 mil menores de 15 anos.
De acordo com as estatísticas da Comunidade de Santo Egídio, um milhão se pessoas fazem parte do programa Dream, que luta em prol da acessibilidade de tratamento para pessoas que vivem com o vírus que provoca a Sida.
Em Moçambique, país com uma população estimada em 21 milhões de pessoas, a SIDA atinge 16 por cento da população com idade entre 15 e 49 anos.
Os custos de terapia por paciente que sofre de Sida são de 600 euros, mas para fazer nascer sã uma criança de uma mãe seropositiva o programa Dream gasta 400 euros.
Hoje, a representante da Comunidade de Santo Egídio em Moçambique, Paola Germano, e a ministra da Mulher e da Acção Social, Virgília Matabele, rubricaram um memorando de entendimento que estabelece as linhas gerais referentes às áreas de colaboração na implementação dos programas do Ministério que facilitarão o processo de coordenação das acções de apoio à população pobre.
O memorando de entendimento prevê ainda a assistência à população socialmente vulnerável e necessitadas de assistência para a melhoria das suas condições de vida.
O acordo prevê que nas actividades conjuntas deve dar-se enfoque às mulheres, pessoas idosas, crianças e pessoas portadoras de deficiência mental e física.
A propósito, Virgília Matabele disse ser aposta do governo moçambicano lutar na protecção de grupos vulneráveis.
“Com a assinatura do memorando, sentimo-nos reforçados para continuar a trabalhar com a Comunidade de Santo Egídio”, disse a governante.
Paola Germano assegurou que o memorando “traduz a vontade da Comunidade de Santo Egídio de prosseguir com o seu compromisso em trabalhar com o governo de Moçambique”.
Em África, a Comunidade de Santo Egídio opera em Moçambique, Malawi, Tanzânia, Quénia, República da Guiné, Guiné-Bissau, Camarões, República Democrática do Congo, Angola e Nigéria.

INDestak16/07/2009

http://www.destak.pt/artigos.php?art=35717

3 comentários:

Mlou disse...

Ola G+!

Se eu fosse má lingua diria que este memorando tem apenas raiz económica, afinal poupam 200euros nos tratamentos. MAS como não sou, só posso ficar feliz por haver comunidades (religiosas ou não) que actuam nestes paises apenas como um caracter positivo e de solidariedade. Digo religiosa ou não porque, como devem saber, Italia tambem tem uma grande organização designada CCS Italia (e que Portugal já teve uma delegação mas que recentemente mudou de nome) que actua em diversos paises africanos e asiáticos.

Que esses tratamentos possam ser efectivos e com resultados muito positivos.... e que possa ser um caminho para a prevenção.

Beijinho para toda a equipa,
ML

Geração + disse...

Olá Mlou! que bom voltarmos a ler comentários teus!;)
sim, nós tambe´m partilhamos da tua felicidade!
não é todos os dias que se lê uma noticia dessas!
e realmente associativismos, institucionalismos ou reliagioes à parte o certo é que a luta está a ter resultados positivos!
como sabes moçambique é o país mais pobre do mundo! e esta conquista é essencial quer para eles quer para nós! afinal de contas também temos a nossa cota parte de culpa na situação actual do país!!!!


ficamos muito contentes por seres leitora assídua do nosso blog!
se tiveres coisas que queiras postar aqui, é só nos dizeres qualquer coisa!
estamos ao dispor!
bjinho tb para ti!

mlou disse...

É verdade que tambem nós temos uma cota parte de culpa pelo estado de Moçambique, como dos outros PALOPs, mas não podemos esquecer que tambem existem associações portuguesas a trabalharem nesses países, como a Helpo por exemplo. A Helpo é uma ONG que muito tem contribuido para a melhoria da qualidade de vida da populaçao em diversas cidades de Moçambique, não só em termos de higiene e em termos sanitários (construindo poços, por exemplo), como a nível de educaçao de milhares de crianças, dotando escolas de condições e enchendo bibliotecas, assim como apadrinhando crianças fazendo com que estas nao sejam obrigadas a ir trabalhar...


Quando se lê um notícia que 8 mil crianças nasceram saudaveis, só pode haver uma satisfaçao em nós, mas tambem devemos ser realistas e pensar que muito mais que 8 mil crianças morrem por lá com SIDA ou com malária, das principais causas de morte no pais. Ainda há tanto por fazer...

Um beijo
ML